O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí afirmou que o buraco cavado de fora para dentro da Penitenciária Irmão Guido, no último final de semana, foi feito a mando de um preso, identificado como Wagner, que já foi transferido da unidade.
Segundo o diretor do Sindicato, Kleyton Holanda, o preso contava com o apoio do filho, que não teve a identidade revelada. “Somente uma pessoa com muito poder aquisitivo e que se encontrava dentro da penitenciária, e que é considerado muito poderoso, teria a audácia como essa, que por pouco não foi concluído. O objetivo dessa facção, dessa quadrilha, era fugir
Na noite de sábado (22), dois homens foram presos, após serem flagrados cavando o buraco na parte de fora da penitenciária, por policiais da Força Tática que os encaminharam para a Central de Flagrantes. De acordo com sindicato o serviço foi contratado pelo filho de um preso do Pavilhão B, que seria líder de uma facção.
Todos os quatro são naturais do estado de Pernambuco. Por conta disso, uma fuga em massa poderia ocorrer já que o pavilhão em que Wagner se encontra tem 96 presos.
"Como a pavilhão tem 96 presos, dependendo do momento em que o túnel chegasse lá, poderia ocorrer uma fuga em massa, mas é claro que nem todos poderiam fugir, mas é uma possibilidade", disse diretor do sindicato, Vilobaldo Carvalho.
A Secretaria de Justiça do Piauí nega a existência de uma facção nos presídios do Estado. Segundo o diretor de inteligência e segurança externa dos presídios, coronel Luís Antônio Pitombeira, o ocorrido não tem nenhuma ligação com facção.
“Hoje está uma mística nacional pelo o que ocorreu no Rio Grande do Norte e Amazonas que tudo no sistema está direcionado a facção. Nós aqui temos um sistema tranquilo, nós não temos problemas com facções como ocorre em outros estados e que nos leve a situação igual”, disse o diretor.
