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quarta-feira, 2 de março de 2016

WhatsApp poderá deixar de funcionar mais uma vez no Brasil

A informação foi divulgada pelo delegado Fabiano Barbeiro, que solicitou o bloqueio do app no País no ano passado
         O aplicativoWhatsApp poderádeixar de funcionarmais uma vez no Brasil.
A informação foi divulgada pelo delegado Fabiano Barbeiro, que solicitou o bloqueio do app no ano passado, em entrevista à Rádio Câmara nesta semana. Porém, ele não falou em que período do ano isso pode ocorrer.
Conforme informou o delegado, a falta de cooperação da empresa em uma investigação ao Primeiro Comando da Capital (PCC) seria o motivo da suspensão do serviço de troca de mensagens. Outra medida possível é a responsabilização criminal de representantes da empresa no País.
Conforme informações do site da Câmara dos deputados, na terça-feira, 1º de março, o assunto foi debatido durante audiência pública realizada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos – por coincidência, no mesmo dia em que a Polícia Federal (PF), cumprindo determinação da justiça de Sergipe (SE),prendeu, pelo mesmo motivo, o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan. Para quem não sabe, o Facebook é a empresa dona do aplicativo WhatsApp.
"Eu não consigo conceber o fato ou a alegação de que a empresa não tenha capacidade técnica de atender esse pedido, isso para mim é completamente improvável. O que eu acredito, sim, é que existem razões comerciais para que ela mantenha esta resistência. Eu não acho isso justo, não acho isto válido e não acho que isso deve sobrepor às nossas leis, ao nosso Poder Judiciário, ao nosso estado democrático de direito e nem tampouco a nossa soberania nacional”, disse o delegado durante entrevista à Rádio Câmara.
Bloqueio do app no Brasil
A mesma situação aconteceu no fim do ano passado, quando a Justiça determinou o bloqueio do WhatsApp por 48 horas.

Paralisação deixa hospital sem atendimento na Mata Norte de PE

Cerca de 400 médicos e enfermeiros suspenderam atendimento na quarta (2). 
Atraso nos salários motivou paralisação no Hospital Ermírio Coutinho.

Paralisação no Hospital Ermírio Coutinho (Foto: Reprodução / WhatsApp)
   O Hospital Ermírio Coutinho, localizado em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte dePernambuco, paralisou o atendimento ao público desde o final da manhã da quarta-feira (2). Cerca de 400 funcionários terceirizados, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, suspenderam as atividades nesta que é a principal maternidade da região. No local, são realizados mais de 230 partos e aproximadamente 6 mil atendimentos por mês nas áreas de pediatria e clínica médica.
O atraso no pagamento dos salários referentes à primeira quinzena de janeiro deste ano e ao mês de fevereiro motivou a paralisação dos funcionários. De acordo com o diretor-geral do hospital, Francisco Madeiros, a unidade recebe, por mês, R$ 1,3 milhão de recursos dos governos estadual e federal, porém a despesa mensal é superior.
O diretor afirma ainda que já vinha alertando, há um ano, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre a situação financeira do Hospital Ermírio Coutinho. “Não foi por falta de aviso, pois enviei mais de 20 ofícios relatando que os recursos estavam insuficientes para manter o hospital funcionando”, revela. Por meio de uma nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que “vem trabalhando juntamente com a unidade sobre o reajuste dos valores dos repasses, o que deve ser feito já a partir dos próximos meses”.“Só com a folha de pagamento, o gasto mensal é superior a R$ 1 milhão. Então, para manter o hospital funcionando normalmente, seria necessário R$ 1,6 milhão por mês. Mas, desde 2014, não há um aumento no repasse das verbas do Tesouro, por isso o hospital está com dificuldades para pagar as contas”, explica o dirigente.

Enquanto a situação não é resolvida, os pacientes do hospital estão preocupados com a suspensão do atendimento no local. “Desde ontem (terça), os funcionários diziam que iriam fechar as portas. Eles não estão atendendo ninguém. Minha mãe tem problema de pressão e diabetes e está com suspeita de chikungunya. Eu estou dando apenas remédio em casa, mas queria que um médico a atendesse, pois, quando vai no hospital, ela toma insulina”, conta a babá Fábia Michelle. “Não tem outro hospital assim na região, as pessoas vêm de outras cidades para cá. O hospital é muito bom e grande, mas não está atendendo”, complementa.

Pediatria e obstetrícia são as áreas de referência do Hospital Ermírio Coutinho, mas pacientes de outras especialidades costumam ser encaminhados para a unidade. “Também recebemos, a nível ambulatorial, pacientes de neurologia, cardiologia e otorrinolaringologia. Tudo isso amplia os nossos gastos”, complementa Francisco Madeiros.

Durante a paralisação, apenas está mantido no hospital o atendimento a casos de emergência, como pacientes em trabalho de parto ou que se encaixem na classificação de risco na cor vermelha (infarto agudo do miocárdio, vomitando sangue, com dor abdominal forte, entre outros).

Justiça da França condena Maluf a três anos de prisão por lavagem

Família foi condenada a multa e teve valores confiscados, mas já recorreu.
PGR pediu à França para Maluf continuar respondendo a ação no Brasi

A 11ª Câmara do Tribunal Criminal de Paris condenou o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) a três anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro em território francês entre os anos de 1996 e 2005. De acordo com a sentença, proferida no fim do ano passado e informada à Procuradoria Geral da República no último mês, a lavagem foi fruto de corrupção e desvio de dinheiro público no Brasil.
O tribunal francês condenou pelo mesmo crime a mulher dele, Sylvia Lutfalla Maluf, e o filho Flávio Maluf. Eles já recorreram da condenação, e a decisão está pendente de decisão na Corte de Apelação de Paris.
Após ser informada da condenação, a PGR pediu a transferência da ação criminal que corre na França para o Brasil e também requereu a repatriação dos valores confiscados na ação penal contra o parlamentar.
A Procuradoria quer que ele seja julgado no Brasil porque, como é brasileiro, a Constituição veda extradição para cumprir a pena na França. Ainda não há decisão sobre o pedido de transferência e de repatriação dos valores.A Justiça francesa também confiscou 1,8 milhão de euros que estavam em contas da família e valores em espécie, além de impor multas aos três que somam 500 mil euros. A 11ª Câmara ordenou ainda que sejam mantidos mandados já expedidos anteriormente de captura internacional contra os três.
A apuração na França se baseou no compartilhamento de provas da Procuradoria Geral da República e do Ministério Público do Estado de São Paulo em razão de ações contra o parlamentar.
Segundo a PGR, a Justiça francesa afirmou que os três agiram para ocultar a origem de recursos oriundos de corrupção e peculato e enviar valores para empresas offshore (firmas criadas para fazer investimentos no exterior) e contas em bancos no exterior. Na sentença, são citados processos no Brasil como beneficiário de fundos no exterior.
Ações contra Maluf no Brasil
No Supremo, o deputado é alvo de ações penais que o acusam de desvios quando era prefeito de São Paulo.
Entre as obras suspeitas está a construção da Avenida Água Espraiada, atual Avenida Jornalista Roberto Marinho. Ele é acusado do crime de corrupção passiva e crimes contra o sistema financeiro. A suspeita é que o prejuízo aos cofres públicos tenha seja de US$ 1 bilhão.
Segundo o Ministério Público Federal, o dinheiro desviado teria sido entregue a um doleiro que fez remessas para uma conta de um banco em Nova York, nos Estados Unidos. De lá, os recursos teriam sido enviados para contas em paraísos fiscais.
O passo seguinte, segundo a acusação foi reutilizar parte do dinheiro com a compra de ações de empresas da família Maluf no Brasil, entre 1997 e 1998. O MPF calcula que, até janeiro de 2000, os fundos supostamente abastecidos pela família Maluf teriam movimentado mais de US$ 172 milhões.