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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Quase 500 pessoas são presas em apenas um dia de operação em MT

Entre os detidos estão 66 menores infratores e 207 indiciados em inquéritos.
Essa foi a segunda edição da operação 'Civil na Carga Máxima' no estado.


Quase 500 pessoas foram presas em 24 horas de operação em MT (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Mato Grosso)

Em apenas um dia de operação da Polícia Civil, 495 pessoas foram presas em Mato Grosso. Ao todo, foram 156 prisões efetuadas na região metropolitana e 345 no interior do estado, além de 24 mandados de prisão cumpridos pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes. Entre os detidos estão 66 menores infratores, sendo 23 deles em flagrante e 41 deles apreendidos na Grande Cuiabá por delitos como roubo, tráfico de drogas e homicídio. A operação teve início na madrugada de terça-feira (19) e acabou na madrugada de quarta-feira (20).
De acordo com o balanço da polícia, foram cumpridos 207 mandados de prisões preventivas e temporárias – investigadas em casos de estupros contra crianças e mulheres, roubos, homicídios,  latrocínios e tráfico de drogas – e as demais prisões são oriundas de flagrantes durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão por crimes como tráfico, embriaguez ao volante, posse e porte irregular de arma de fogo e munições.Essa foi a segunda vez que a ação denominada “Civil na Carga Máxima” foi realizada no estado. Durante a primeira fase, realizada em 4 de março, 408 presos. Dessa vez, quase 2 mil pessoas foram abordadas preventivamente e 593 foram levadas para a delegacia para serem averiguadas. Além disso, 701 condutores tiveram seus documentos e veículos checados.
Além disso, foram apreendidos 68 quilos de drogas, 83 armas de fogo, 1,6 mil munições, R$ 91.756 em espécie e R$ 294 mil foram bloqueados pela Justiça em investigações de estelionato. Também foram apreendidos frascos de perfumes, facas, petrechos de pesca, material usado em tatuagem, rádios comunicadores, ferramentas de garimpo, notebooks, computadores, balanças de precisão, serras, cachimbos, relógios, lanternas.

Mulher é libertada após ficar 2 anos em cativeiro pelo marido em Cuiabá

Vítima era espancada, dopada por remédios e ameaçada pelo marido.
Suspeito está com a prisão decretada pela Justiça, mas está foragido.


Mulher foi libertada após ficar 2 anos em cativeiro pelo marido em Cuiabá (Foto: Divulgação)

Uma jovem foi libertada após passar dois anos sendo mantida em cativeiro pelo próprio marido, em Cuiabá. A vítima, de 23 anos, era espancada, torturada, dopada por remédios e ameaçada pelo marido, de 37 anos.
Segundo a promotora de Justiça que acompanhou o caso, Lindinalva Rodrigues, a jovem era impedida de se comunicar com a família, que não é de Mato Grosso, e vigiada o tempo todo pelo esposo. Ele teve a prisão decretada e está foragido desde o último final de semana, quando a jovem foi resgatada na fazenda da família dele em Rosário Oeste, a 133 km de Cuiabá.
A situação de cárcere privado foi descoberta pela família da vítima, que nos últimos meses não conseguia contato com ela. Em uma carta entregue à mãe, a jovem relatou os abusos que sofria, revelou que estava presa dentro da própria casa e pediu ajuda à família.
Em trecho da carta, jovem revelou os abusos que sofria e disse que estava presa dentro da própria casa (Foto: Divulgação)

A vítima ficava sob vigilância do marido na casa onde moravam, no Centro de Cuiabá. O marido, por causa da boa condição financeira da família, não trabalha e seria sustentado pelos pais. De acordo com testemunhas e do relato da própria vítima, ela conheceu o esposo quando tinha 12 anos.
“Ela disse que ele começou a assediá-la, mandar flores e procurá-la quando ela tinha apenas 12 anos. Eles começaram a namorar quando ela tinha 18 anos. E ela estaria nessa situação de cárcere há dois anos”, disse a promotora ao G1. O casal não teve filhos.
“Sabe o que é uma mulher nunca poder ir ao banheiro sozinha? Ele batia nela todas as semanas, era espancada e não podia ir nem na porta de casa sozinha, era sempre vigiada. Nunca saiu sozinha. E, se saísse, era sempre de cabeça baixa, só podia levantar quando ele falasse. Ela vivia assim há dois anos”, disse Lindinalva.

De acordo com o relato da vítima, a família do marido e as pessoas próximas ao casal sabiam da situação vivida por ela. No entanto, nenhuma delas interferia na relação ou denunciou o caso à polícia até então. De outro lado, a família da moça não sabia o que acontecia, uma vez que o marido controlava as ligações e determinava o que ela poderia dizer aos parentes. A jovem não tinha acesso a telefone, celular, televisão, internet ou qualquer outro tipo de contato fora da casa.

Na casa do casal a polícia encontrou diversos medicamentos, supostamente os que ele obrigava a mulher a tomar, além de um revólver. O marido controlava tudo: desde as roupas que a mulher vestia até as coisas que ela poderia fazer na casa.
“Se eles saíssem para um lugar, não importasse o quanto tempo fosse ficar longe [de casa], ela não podia entrar num banheiro público, porque lá dentro poderia pedir o celular de alguém para ligar e pedir socorro ou encontrar alguém. Ela teve até problemas de saúde porque teve que segurar o xixi por muitas horas e passou mal”, lembrou a promotora.
Mulher, que ficou 2 anos mantida em cativeiro pelo marido, afirma em carta que suspeito controlava ligações (Foto: Divulgação)


Sofrimento
Para a promotora, fica claro a tortura física e psicológica sofrida pela mulher, além de um trauma vivido por muitos anos. “Ela afirma que a única companhia que tinha era a de um cachorrinho. Ela conversava com esse animal como se ele fosse uma pessoa, dizia que parecia que ele a ouvia e entendia a tristeza dela. Ela estava retirada do mundo e existia apenas para servi-lo. Mas ele nunca estava satisfeito. Esse tipo de homem, abusador e agressor, nunca está satisfeito. Sempre ele queria mais, controlava a roupa, sapato, o tipo do cabelo, o que ela podia falar, o que ela podia fazer. Um completo agressor, uma violência de gênero muito típica”, lamentou Lindinalva.

Socorro e resgate
No final do ano passado, a mãe da jovem veio passar um período com a filha. Conforme a promotora, a jovem conseguiu entregar, escondido do marido, uma carta para a mãe onde revelava a situação que vivia. “Toda a família dela ficou preocupada porque nessa carta ela dizia que estava presa. Mas quando entraram em contato com ela, ele mandava ela dizer, sob a mira da arma, que não era nada daquilo, que ela estava bem e feliz”, disse a promotora.

Depois desse ocorrido, a família passou a desconfiar do marido. Algum tempo depois, o pai da jovem ficou doente com câncer e a família a procurou novamente para contar sobre a situação.
“Ninguém conseguia falar com ela, o marido sempre dizia que ela estava na fazenda. Um familiar veio para Mato Grosso e foi até a casa sem avisar. A encontrou dopada e chorando muito. Essa moça era tratada como uma 'coisa', um objeto. A suspeita é de que não tenha sido a primeira mulher que ele trata dessa forma”, estimou.
A família procurou a promotoria e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil. No entanto, o marido, ao saber da visita da família, levou a jovem até a fazenda dos pais, em Rosário Oeste.
Uma equipe policial foi até a fazenda onde procurou pela jovem e pelo suspeito. Porém, o marido se escondeu na propriedade e levou a mulher junto. “Somente depois que a polícia saiu a família o convenceu de entregar a jovem. Mas a própria família disse que ele não vai ser preso de jeito nenhum porque eles têm muito dinheiro e influência”, afirmou a promotora.
O mandado de prisão do marido foi decretado pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Homem é morto com golpes de garrafa de vidro em Icoaraci

Crime aconteceu por volta das 6h.
Nenhum suspeito foi identificado


Um homem morto foi com sinais de cortes, aparentemente de uma garrafa de vidro, por volta das 6h desta quinta-feira (21). O crime aconteceu no bairro da Campina, no distrito de Icoaraci, em Belém. Ninguém foi preso e nenhum suspeito identificado.
De acordo com a Polícia Militar, a vítima ainda chegou a ser atendida pela equipe de Resgate do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. "Ele teria brigada um outro homem em uma disputa por droga. As informações que temos é que os dois estavam alcoolizados", explica o Tenente Coronel Dumound, do 10º Batalhão da PM.
O caso será investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. O Centro de Perícias Criminais (CPC) Renato Chaves fez a remoção do corpo no início da manhã.