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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

CARIOCA DIZ TER FRATURA EXPOSTA APÓS AÇÃO DA GM EM BLOCO: 'INJUSTIFCAVEL'


João Gila estuda processar município depois de agressão no TechnoBloco.
Editor de vídeos, ele diz que não terá como trabalhar enquanto se recupera.

Gabriel BarreiraDo G1 Rio
João foi internado, passou por cirurgia de 7 horas e diz que teve fratura exposta (Foto: Arquivo pessoal)
Com uma fratura exposta no cotovelo e temporariamente sem os movimentos de dois dedos da mão esquerda, o editor de vídeos João Pedro Gila, de 27 anos, diz ter sido uma das vítimas da truculência da Guarda Municipal na dispersão do cortejo do TechnoBloco, na Praça Mauá, região central do Rio, no sábado (13). Sem saber quando poderá voltar a trabalhar por causa das lesões, ele pensa em processar a prefeitura.
O jovem recebeu três golpes de cassetete: um em cada braço e outro nas costas. A ação da Guarda foi considerada "excessiva" pelo secretário de Ordem Pública, Leandro Matieli.
G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para falar do quadro de saúde de Gila, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido informações. Ele já teve alta.
Jornalista Bernardo Tabak mostra os hematomas no corpo sofridos com a agressão dos guardas municipais (Foto: Victor do Espírito Santo Bisneto / Arquivo Pessoal)Jornalista Bernardo Tabak mostra hematomas no
corpo (Foto: Victor do Espírito Santo Bisneto/
Arquivo Pessoal)
Filmagem
Assim como o jornalista Bernardo Tabak, que também foi agredido no bloco e postou um desabafo em redes sociais, o editor de vídeos diz que começou a ser golpeado depois que pegou o celular para filmar a ação dos agentes públicos.
Gila também afirma que estava longe quando a confusão começou e que não viu um"estopim" para que houvesse repressão. "A violência é injustificável, totalmente desmedida. Era uma galera pulando carnaval. A agressão, visivelmente, começou por eles [guardas]", diz Gila.
O jovem passou por uma cirurgia de sete horas no Hospital Municipal Miguel Couto, onde esteve internado. Ele diz que a movimentação do braço esquerdo está "totalmente precária" e que não consegue movimentar o dedo mindinho e o anelar.
"Pode ser que eu tenha alguma sequela. Trabalho como editor de vídeos, então isto é extremamente problemático para mim. Não há previsão de quando os movimentos vão voltar", afirma.
Processo
Devido à lesão, Gila vai ter que passar por sessões de fisioterapia em uma clínica particular. Ele não sabe quando poderá voltar a trabalhar e, por tudo isso, pensa em processar a Prefeitura.
"Já ouvi falar que há pessoas se juntando para fazer um processo coletivo contra o Município. É bem provável que eu entre também com um processo individual."
Informado de que o secretário de Ordem Públicacondenou a ação dos guardas, Gila lamenta que a reação seja tardia: "Este tipo de postura deveria ser anterior, e não uma retratação. É um alívio, ainda que não alivie a minha dor."
Editor de vídeos postou desabafo em redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)
Jovem exibe lesão nas costas após agressão da Guarda Municipal; agentes foram afastados (Foto: Arquivo pessoal)

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