João Gila estuda processar município depois de agressão no TechnoBloco.
Editor de vídeos, ele diz que não terá como trabalhar enquanto se recupera.
O jovem recebeu três golpes de cassetete: um em cada braço e outro nas costas. A ação da Guarda foi considerada "excessiva" pelo secretário de Ordem Pública, Leandro Matieli.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para falar do quadro de saúde de Gila, mas até a última atualização desta reportagem não havia recebido informações. Ele já teve alta.
Filmagem
Assim como o jornalista Bernardo Tabak, que também foi agredido no bloco e postou um desabafo em redes sociais, o editor de vídeos diz que começou a ser golpeado depois que pegou o celular para filmar a ação dos agentes públicos.
Assim como o jornalista Bernardo Tabak, que também foi agredido no bloco e postou um desabafo em redes sociais, o editor de vídeos diz que começou a ser golpeado depois que pegou o celular para filmar a ação dos agentes públicos.
Gila também afirma que estava longe quando a confusão começou e que não viu um"estopim" para que houvesse repressão. "A violência é injustificável, totalmente desmedida. Era uma galera pulando carnaval. A agressão, visivelmente, começou por eles [guardas]", diz Gila.
O jovem passou por uma cirurgia de sete horas no Hospital Municipal Miguel Couto, onde esteve internado. Ele diz que a movimentação do braço esquerdo está "totalmente precária" e que não consegue movimentar o dedo mindinho e o anelar.
"Pode ser que eu tenha alguma sequela. Trabalho como editor de vídeos, então isto é extremamente problemático para mim. Não há previsão de quando os movimentos vão voltar", afirma.
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Processo
Devido à lesão, Gila vai ter que passar por sessões de fisioterapia em uma clínica particular. Ele não sabe quando poderá voltar a trabalhar e, por tudo isso, pensa em processar a Prefeitura.
Devido à lesão, Gila vai ter que passar por sessões de fisioterapia em uma clínica particular. Ele não sabe quando poderá voltar a trabalhar e, por tudo isso, pensa em processar a Prefeitura.
"Já ouvi falar que há pessoas se juntando para fazer um processo coletivo contra o Município. É bem provável que eu entre também com um processo individual."
Informado de que o secretário de Ordem Públicacondenou a ação dos guardas, Gila lamenta que a reação seja tardia: "Este tipo de postura deveria ser anterior, e não uma retratação. É um alívio, ainda que não alivie a minha dor."
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