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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Mulher que sofreu acidente com bagre e quase amputou perna recebe alta


Ela estava internada na UTI do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, SP.
Dona de casa se feriu com 'ferrão' do animal em janeiro deste ano.

Do G1 Santos
Mulher teve infecção na perna após pisar em saco de lixo com bagre morto (Foto: G1)
mulher de 44 anos que sofreu um ferimento na perna direita causado pelo "ferrão" de um bagre recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira (24). Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, desde o dia 13 de janeiro.
A dona de casa se feriu ao ter contato com o peixe já morto, que estava em uma sacola de lixo emItanhaém, também no litoral paulista. Ela deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município no dia 12 de janeiro e foi transferida para a UTI do Irmã Dulce no dia 13.
Durante o período em que passou internada, a mulher foi submetida a uma cirurgia e chegou a correr o risco de ter a perna atingida amputada, por conta do quadro de infecção generalizada.
Segundo a equipe médica que a atendeu, a infecção pode ter sido adquirida porque o peixe esteve por um longo período em ambiente altamente contaminado, diferente dos outros acidentes, que foram em praias, faixa de areia ou na água.
Peixe ficou preso na região da barriga da banhista em Itanhaém, SP (Foto: Marcelo Araújo Tamada / Arquivo Pessoal)
Outros casos
O primeiro caso de acidente envolvendo bagres em Itanhaém aconteceu no início de janeiro, na Praia do Centro, conhecida popularmente como "Praião", quando uma mulher foi atingida pelos "ferrões" do animal. O peixe ficou preso à barriga da vítima, que precisou ser submetida a uma microcirurgia.
Bagre ficou preso no cotovelo de banhista em Itanhaém, SP (Foto: Cristian Fernandes / Arquivo Pessoal)Bagre ficou preso no cotovelo de jovem
(Foto: Cristian Fernandes / Arquivo Pessoal)
Em seguida, um novo caso aconteceu no dia 9 de janeiro, quando um bagre ficou preso no braço de uma banhista, na região da Boca da Barra.
A terceira e a quarta ocorrências foram registradas no mesmo dia, sendo uma delas a da dona de casa que teve alta nesta quarta-feira. A outra é de uma criança, com idade entre nove e dez anos, que deu entrada na unidade de saúde de Itanhaém com ferimentos causados por um bagre.
O quinto caso aconteceu com uma mulher de 54 anos, também turista. Ela foi atingida pelo "ferrão" do peixe enquanto pescava com o marido. Arícia Aparecida Gouveia Dias contou aoG1, inclusive, que comeu o peixe após o incidente. A UPA de Itanhaém também registrou o atendimento de um idoso que pisou no ferrão enquanto caminhava na praia.
Já a sétima vítima foi um morador de Santos, que também acabou se ferindo durante uma caminhada na Praia do Boqueirão. A cabeça do animal ficou presa ao pé dele.
O oitavo caso foi registrado na tarde do dia 24 de janeiro, quando uma menina de 12 anos pisou no no "ferrão" do animal na faixa de areia de uma praia de Itanhaém.

O nono caso aconteceu em Santos, onde um jovem se feriu ao pisar no animal, quando jogava uma partida de futebol na praia.
Bagre ficou preso no pé do homem (Foto: Sueli Alves / Arquivo Pessoal)
Especialistas
Os casos preocupam moradores e turistas, mas o biólogo Alexandre Pires Marceniuk, especialista em peixes marinho-estuarinos, não vê motivo para pânico. Em entrevista ao G1o biólogo afirmou que a espécie não ataca humanos e que, no momento do acidente, os animais provavelmente estavam mortos.
As regiões de Itanhaém onde os acidentes aconteceram são próximas e marcadas pelo encontro do rio com o mar.
O biólogo aconselhou os banhistas que frequentam as praias a ficarem atentos, já que os espinhos podem causar graves ferimentos. "É como se fosse um anzol. Ele entra fácil e é muito difícil de sair. Os ferrões causam uma infecção. Se alguém puxar o espinho vai ser pior ainda, porque pode causar uma dilaceração. Tem que ir ao médico de qualquer jeito", afirmou.
Boca da Barra, em Itanhaém, SP (Foto: Prefeitura de Itanhaém)

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