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sexta-feira, 18 de março de 2016

Polícia apura desvio de remédios da rede pública para venda em farmácias

Medicamentos tinham embalagem adulterada para facilitar comércio.
Operação encontrou indícios de desvio em farmácias de Macapá e Santana

Remédios, polícia, fármácias, Santana, Amapá (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil realizou buscas nesta sexta-feira (18) em três farmácias nas cidades de Macapá e Santana, no Amapá. Os estabelecimentos estariam vendendo, segundo denúncia, medicamentos vencidos e de comercialização restrita. Há suspeita de que remédios tenham sido desviados da rede pública de saúde. Cerca de 1 mil embalagens foram apreendidas na operação denominada “Saúde Zero”.
O dono de uma das farmácias foi preso por agentes da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) de Santana, a 17 quilômetros da capital. A polícia informou que descobriu embalagens de remédio adulteradas para camuflar os termos “venda proibida” e “entrega gratuita”. Os produtos eram expostos livremente nas prateleiras, segundo a polícia.
Remédios, polícia, fármácias, Santana, Amapá (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A delegada Luíza Maia, que conduziu a operação, informou que o homem preso negou a aquisição ilícita pela rede pública. Ele teria dito que os medicamentos com restrição de venda haviam sido deixados na farmácia dele. Os estabelecimentos onde os agentes atuaram ficam nos bairros Hospitalidade e Igarapé da Fortaleza, em Santana, e no Buritizal, na Zona Sul de Macapá.
“Fomos acionados pela promotoria do Ministério Público de Santana que recebeu denúncias sobre desvio desses remédios de postos e hospitais que abasteciam essas farmácias. Ainda estamos apurando quem deu ou vendeu para esses donos de farmácias”, falou Luíza, que apura se o desvio aconteceu somente em Santana ou em outros municípios.
Remédios, polícia, fármácias, Santana, Amapá (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Ainda nas farmácias foram atestadas as condições de conservação dos remédios, alguns deles armazenados no chão, sujos e próximos a lixeiras com seringas e resto de sangue, conforme a polícia. “Ele [suspeito] disse que iria incinerar esses medicamentos, mas onde iria fazer isso, nas prateleiras?”, ironizou a delegada. 
A operação investiga se os remédios eram roubados dos postos ou cedidos pelos funcionários. Ao todo, atuaram na operação 11 agentes da Polícia Civil e dois peritos da Polícia Técnico-Científica (Politec).

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